Arquivo do mês: junho 2010

Ipea comprova mentira tucana: investimento público é o maior desde 1995

Os tucanos, para tentar disfarçar a falta de discurso que assola a oposição, força a barra e vai produzindo ideias vazias e informações falsas.

O Serra, enquanto tenta fingir que é simpático e sorridente, tem dito que a taxa de investimento do governo federal é muito baixa.

Os fatos comprovam que a taxa de investimento do governo federal é mais alta que na época em que Serra era ministro e o FHC era presidente.

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou no mês passado um estudo pra acabar com qualquer ilusão do Zé. A taxa de investimento do governo federal na atividade econômica do País é a maior desde 1995.

Em 2009, o governo Lula investiu o equivalente a 4,38% do PIB, refletindo a disposição de colocar o Estado como indutor da economia em plena crise econômica internacional. No período do FHC e do Serra, essa taxa foi de apenas 2,34% do PIB, em 1999, a mais baixa do ciclo tucano. A mais alta foi de 3,67%, em 95.

O Ipea, nesse estudo, considera investimentos diretos da União, das estatais e de estados e municípios. É importante notar que também em reais o investimento público em 2009 foi maior do que 2008, o que significa que a taxa cresceu não apenas em relação ao PIB – que no ano passado decaiu.

Em minha opinião, essa atuação do Estado como indutor da economia tem de ser ainda maior. O que não dá pra encarar é o Serra posando de estadista e escondendo o fato de que, quando esteve lá, agiu diversamente. E o governo do qual ele fez parte, nunca é demais lembrar, prometeu reverter os recursos da privatização em investimentos.

Esses caras não podem voltar.

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Chuvas no NE: sindicatos da CUT organizam ajuda

Muito triste o que está acontecendo no Nordeste. Desde os primeiros dias, sindicatos cutistas da região estão recolhendo e distribuindo donativos para os atingidos pelas enchentes. A CUT nacional também abriu uma conta para recolher contribuições humanitárias.
Para quem puder ajudar, acesse o site da CUT (www.cut.org.br).

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Sindicato da saúde nunca viu hospitais do Serra

Saiu no “Brasília Confidencial” e a gente confirma. Dos 10 hospitais que o Serra diz ter inaugurado em São Paulo, oito são fantasmas. Ninguém sabe onde estão. Acompanhe o texto de Fabrício Moreira:

O Sindsaúde-SP (Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo) declarou-se ontem à procura de oito dos dez hospitais que, pela propaganda eleitoral do PSDB e de José Serra, foram construídos pelo governo estadual entre 2007 e este ano.

“Que a gente saiba, tem só dois hospitais que daria pra chamar de novos: o Instituto do Câncer Octávio Frias (inaugurado em 2008, dentro do Hospital das Clínicas) e o Centro de Reabilitação Lucy Montoro (de 2009)”, afirma o diretor do sindicato, Ângelo D’Agostini.
De acordo com o dirigente sindical, as peças publicitárias tucanas estão “bombando” a lista com instituições filantrópicas.

“São hospitais com quem o Governo Serra fez parceria, mas não são novos, apenas obras e instituições que o governo encampou. No máximo, o governo estadual pode ter reformado estes lugares.”

Outro dado artificial, segundo o sindicato, é o número de Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) do Estado. A propaganda tucana promete que 40 unidades serão entregues à população até o fim deste ano.

“Não procede”, acusa o diretor do Sindsaúde.

“Se pegar a lista desses hospitais, não tem nenhuma AME novas, mas sim ambulatórios ou núcleos de gestão assistencial que já existiam e foram mexidos”, denuncia D’Agostini.
Como exemplos de maquiagens nesse sentido, ele cita as AMEs das cidades de Votuporanga e de Marília.
“Eles só colocaram mais especialidades, reformaram e mudaram os nomes”.

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Uso da máquina: Serra usa em sua propaganda eleitoral os mesmos narradores das propagandas do governo de SP

O Serra é muito cara de pau quando acusa os outros de uso da máquina governamental para fazer campanha eleitoral.

Olha só o que ele anda fazendo: os dois locutores que emprestaram sua voz para o mais recente programa de TV do PSDB e eleitoral do Serra são os mesmos, exatamente os mesmos, que narram as propagandas de TV do Metrô, do Rodoanel e da Sabesp, empresas do governo do Estado.

Isso é propaganda subliminar, recurso que o próprio universo da propaganda condena. Por causa da mensagem subliminar, o telespectador mais desatento que vê a propaganda do governo do Estado a associa, inconscientemente, às propagandas recentes do candidato Serra. É uma forma bem malandra de fazer campanha usando a máquina do governo.

Os locutores – atenção, não é deles que reclamamos aqui – têm contrato com o governo, via agência de comunicação.

Os vídeos estão todos no youtube. Por razões óbvias, não vou reproduzi-los aqui. Alô PT: cabe uma ação na justiça eleitoral?

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A visão tucana sobre os “pobres”

O Serra tem se esmerado em repetir que o PSDB não gosta de opor pobres a ricos e que quer ser o governo da união, do abraço fraternal entre os proprietários dos meios de produção, os financistas e os trabalhadores.

Pagando uma diária de R$ 35 para um trabalhador comum, o PSDB até conseguiu reunir alguns em sua convenção, semana retrasada (a denúncia de militância paga foi feita pelo jornal “Agora SP”).

Mas, em geral, o PSDB tem mesmo é uma dificuldade anímica de lidar com pobres e trabalhadores. É uma relação distante, um vale aparentemente intransponível, preenchido vez ou outra com gestos paternalistas, esses sim verdadeiramente assistencialistas, uma espécie de “política pobre para pobres”, sempre com um olhar piegas.

Há um exemplo mítico na internet. Foi um comercial de TV dos anos 1990 e comecinho dos 2000, quando o PSDB ainda tentava nos convencer de que ONGs e o que eles chamavam de “sociedade civil organizada” poderiam substituir plenamente o Estado em suas funções típicas. Ainda está no Youtube, traz Regina Duarte  e fala da Alfabetização Solidária, uma entidade criada pela ex-primeira dama Ruth Cardoso e que foi parceira do governo FHC na área educacional.

Veja o filme.

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Clara Ant, a desenhista da logo da CUT

A imprensa, através da Folha de S. Paulo, divulgou hoje um breve perfil da arquiteta Clara Ant, assessora especial do presidente Lula, fundadora do PT e da CUT. Clara agora está empenhada em construir e organizar um banco de dados com os pedidos feitos pelos eleitores à candidata Dilma Rousseff e com os projetos anunciados por ela ao longo da campanha, seja em entrevistas ou discursos.

Segundo o jornal, o objetivo do banco de dados é não “deixar ninguém sem resposta”, seja eleitor, seja meios de comunicação. A Folha também afirma – com razão – que Clara já fazia papel semelhante no governo Lula, organizando dados sobre decisões tomadas em reuniões para, na sequência, cobrar as providências das equipes ministeriais. Ela também comandava a consolidação dos dados sobre feitos do governo para municiar o presidente e os ministros em entrevistas e outros diálogos.

Clara tem outro momento muito interessante em sua carreira – e que dá orgulho a nós da CUT. Foi ela quem desenhou, com rigor próprio a uma arquiteta, a logomarca da CUT, logo que a Central estava sendo fundada. A ideia de fazer uma marca foi incentivada, entre outros, por Jorge Bittar (então presidente do Sindicato dos Engenheiros do Rio), mas coube a ela o desenho final.

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O rato e o elefante

Escrito por Amir Khair

O aumento dos aposentados e pensionistas da Previdência Social foi a notícia com maior destaque nas análises sobre finanças públicas, por causar neste ano um adicional nas despesas do governo federal de R$ 1,6 bilhões. Eis o rato.

O aumento da Selic previsto pelo mercado financeiro de atingir 11,75% neste ano, e aí permanecer até o final de 2011, irá causar uma elevação nas despesas do governo federal, no mínimo, de R$ 8,0 bilhões neste ano e R$ 12,1 bilhões em 2011. Eis o filhote de elefante.

A estimativa foi feita considerando a dívida em títulos do governo federal atrelada à Selic no final de abril, no montante de R$ 536,7 bilhões. Sobre essa dívida inalterada é calculado mês a mês o adicional de juros sobre a Selic de 8,75% que vigorou até 28 de abril. Admite-se além das duas elevações de 0,75 ponto percentual (pp) cada já ocorridas, outras três elevações de 0,75 pp, 0,50 pp e 0,25 pp nas reuniões seguintes do Copom.

A estimativa será maior, pois a dívida atrelada à Selic irá crescer a cada mês acima dos R$ 536,7 bilhões e os aplicadores em títulos do governo não atrelados à Selic irão exigir ganhos em suas aplicações acompanhando as elevações da Selic. No final de abril a dívida atrelada à Selic correspondia a 36,0% da dívida em títulos do governo federal. Admitindo que isso ocorra gradualmente a partir de julho até o final do ano, e que a dívida total em títulos registrada no final de abril de R$ 1.492,9 bilhões, cresça segundo a tendência ocorrida neste primeiro quadrimestre, o aumento causado pela elevação da Selic com seus reflexos daria R$ 15,2 bilhões neste ano e R$ 42,0 bilhões em 2011. Eis o elefante.


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Fim do fator, sem idade mínima

O fator previdenciário permanece, o que é muito ruim. Criado em 1999, o fator penaliza os contribuintes pois aumenta a distância entre eles e suas aposentadorias, mesmo – e principalmente – para aqueles que começam a trabalhar muito cedo.

A CUT vai continuar lutando para derrubar o fator. Ao mesmo tempo, vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para barrar proposta, que já veio à luz, de criar idade mínima para aposentadorias. A idade mínima é ainda pior. Não deixa nenhuma opção ao trabalhador e pune quem começou a trabalhar muito cedo.

Temos uma proposta para superar o fator previdenciário, valorizar o tempo de contribuição, ampliar a cobertura do sistema previdenciário e ainda garantir que a sustentação financeira do sistema permaneça em dia.

Queremos retomar o processo para implementar nossa proposta, que se tornou um acordo firmado no final do ano passado entre a maior parte das centrais – CUT, Força, CGTB, Nova Central – e o governo federal.

Outra expectativa que fica no ar refere-se ao comportamento que deputados e senadores terão caso o governo federal faça o que anunciou como possibilidade: cortar emendas parlamentares para poder financiar o aumento das aposentadorias acima de um salário mínimo. Lula, ao autorizar a seus ministros o anúncio dessa medida, demonstrou astúcia sutil, com apelo popular. Se os deputados e senadores aprovaram o aumento, esperamos que não protestem se deles se pedir, ao menos, uma contribuição.

Reproduzo a seguir a nota oficial que emiti em nome da CUT, na tarde da última terça, e sugiro também a leitura de uma cartilha que preparamos no ano passado, para divulgar nossa proposta, e que está em formato PDF.

Acompanhe:

Central elogia reajuste de 7,7% e que vai continuar pressionando pela superação do fator previdenciário

A decisão presidencial de sancionar o reajuste de 7,7% para as aposentadorias acima de um salário mínimo é positiva. Já a manutenção do fator previdenciário, a nosso ver negativa, faz a CUT continuar na luta e pela extinção desse perverso mecanismo.

Antes de o Senado aprovar o projeto que hoje foi à sanção de Lula, a CUT e a maior parte das centrais sindicais haviam feito um minucioso e amplo processo de elaboração de propostas para melhorar, e bastante, o poder de compra das aposentadorias, e para valorizar o tempo de contribuição dos trabalhadores da ativa.

É preciso ficar claro que o acordo anteriormente fechado com as centrais é amplo, e não se restringe a um reajuste pontual como o aprovado hoje, e muito menos se limitava a um reajuste de 6,14% em janeiro de 2010.

O trabalho de elaboração e negociação entre as centrais e o governo resultou num projeto que cria uma política permanente de valorização das aposentadorias, semelhante à política que hoje beneficia o salário mínimo. Para além de 2010, abrangendo os anos posteriores, essa política prevê reposição da inflação mais 50% da variação positiva do PIB para todas as aposentadorias acima do mínimo. Além disso, a política de valorização permanente das aposentadorias prevista pelo acordo garante a constituição de uma mesa de negociação para tratar de assuntos de interesse dos idosos, como políticas públicas específicas de transporte, medicamentos, turismo e assistência médica, entre outros.

O aumento de 7,7% aprovado hoje se limita a 2010.

Para superar o fator previdenciário, contra o qual sempre nos colocamos, o acordo que havíamos fechado prevê a criação da fórmula 85/95, o que acabará com o fator para todos os homens cuja soma do tempo de contribuição e da idade resultar em 95. Para as mulheres em que a soma da idade mais o tempo de contribuição resultar em 85, o fator previdenciário também acaba, ou seja, é possível aposentar-se com 100%.

Fórmula 85/95

Além da superação do fator previdenciário, as mudanças previstas pelas propostas incluem novos mecanismos para facilitar a comprovação de tempo de contribuição e para encurtar ainda mais o caminho dos trabalhadores e trabalhadoras até suas aposentadorias e garantir as contas da Previdência:

– a tábua de expectativa de vida, aquela que o IBGE reajusta todo o ano, vai deixar de interferir no cálculo das aposentadorias para todo trabalhador ou trabalhadora que atingir o tempo de contribuição mínimo (35 e 30 anos, respectivamente). Graças ao congelamento, será possível ter certeza de quanto tempo a mais de trabalho será necessário para se aposentar com 100%

– muda a base de cálculo do salário de benefício para 70% das maiores contribuições desde 1994 até a data de aposentadoria. Essa é a chamada média longa. Assim, vão ser descartadas 30% das piores contribuições. Ou seja, de cada 100 contribuições, as 30 mais baixas não serão consideradas para o cálculo das aposentadorias. Isso fará com que mesmo aqueles que não conseguirem atingir a fórmula 95/85 tenham uma perda bem menor

– o trabalhador que estiver desempregado e recebendo o seguro- desemprego vai poder contar esse período como tempo de contribuição para a Previdência. Dessa forma, vai diminuir lacunas ao longo da sua vida laboral

– o aviso prévio também será considerado como tempo de contribuição

– todos os trabalhadores empregados que estiverem a 12 meses de se aposentar vão ter garantia de que não serão demitidos, da mesma forma como já acontece em vários acordos e convenções coletivas de categorias como metalúrgicos, bancários, químicos, eletricitários, etc.

– o acordo proposto também garante que, para todo o trabalhador e a trabalhadora que já tiverem atingido o tempo de contribuição, a contagem de idade e de também de tempo de contribuição comece a ser feita com base no chamado fator 1,4. O fator 1,4, que já é aplicado para aposentadorias especiais, contabiliza cada dez anos como se fossem 14. Isso também vai encurtar o caminho para se atingir o fator 85/95.

Depois da aprovação do reajuste de 7,7%, queremos a oportunidade de recolocar esse debate e aprovar as mudanças propostas pelo nosso acordo.

Leia a cartilha

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Serra gosta ou não de Eduardo Jorge?

A “denúncia” de que pessoas ligadas à campanha de Dilma teriam preparado novo dossiê, desta vez contra Eduardo Jorge Caldas (vice-presidente do PSDB) parece mesmo ficção. Os tucanos já criaram três denúncias semelhantes, sem que nenhuma se confirme. Mas em relação a esta última, uma curiosidade: a mesma Folha de S. Paulo que deu manchete ao suposto dossiê havia publicado no dia 6 de junho, domingo, a seguinte informação, na coluna Painel: “Aliados de Serra cobraram o afastamento de Eduardo Jorge Caldas, vice-presidente do PSDB, da campanha. Tucanos se queixam que ele tenta infiltrar seu pessoal no futuro comitê e coordena uma rede de blogs e sites “apócrifos”’. No mínimo estranho, certo?

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PT homenageia lutadoras sociais

Lula também citou as mulheres engajadas na política. Não apenas citou, fez questão de dizer que elas estão fazendo a diferença. Claro que podem dizer que isso só tem a ver com o fato de a candidata dele e a minha ser mulher. Mas não é só isso não. A presença na Convenção de Maria da Penha, a heroína que virou lei, foi uma das provas de que o PT e este projeto de governo realmente contribuem para o poder das mulheres se tornar realidade. Ninguém aqui caiu de paraquedas. Nossa luta é antiga, nova, e permanente.

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