O Dieese divulgou à imprensa um levantamento que comprova que os encargos trabalhistas representam apenas 25% sobre os salários pagos aos trabalhadores e trabalhadoras no Brasil.
O levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) desmonta a tese, alardeada pelos empresários, que o salário de cada trabalhador custa mais que o dobro para os empregadores.
É possível que, apesar de o Dieese ter divulgado esse dado, a notícia não chegue até a maioria.
O empresariado, através de consultores e com a ajuda da grande mídia, tanto divulga a ideia de que cada trabalhador custa duas vezes o seu salário, que até mesmo os assalariados costumam repetir essa falsa informação.
Precisamos desmontá-la.
Os empresários, quando dizem que os encargos custam 102% a mais que o salário propriamente dito, fazem uma conta marota.
Eles consideram como encargo algo que, na verdade, é salário. Confira o que eles consideram como encargo, e não como salário:
– repouso salarial remunerado
– férias remuneradas
– adicional de 1/3 sobre as férias
– feriados
– 13º salário
– aviso prévio em caso de demissão sem justa causa
– multa sobre o FGTS
– parcela do auxílio-doença paga pelo empregador.
Ora, tudo isso é salário, pois compõe o rendimento do trabalhador, aquilo que ele põe no bolso, seja em dinheiro, seja em forma de poupança.
Quando os empresários separam uma coisa da outra, querem considerar salário só o valor da hora de trabalho. Todos esses outros itens citados acima seriam “despesa extra”, “encargo”, e que poderiam, portanto, ser eliminados.
Para o Dieese e para a CUT, devem ser considerados encargos sociais aqueles que são repassados para o governo e também para entidades empresariais (ora vejam só) como Sesi, Senai, Sesc e outros, com o objetivo inicial de financiar programas universais:
– INSS
-seguro acidentes do trabalho
– salário educação
– Incra
– Sesi ou Sesc
– Senai ou Senac
– Sebrae
Tais encargos, aplicados sobre o salário, representam 25,1%. Jamais 102%.
Vamos lembrar disso neste momento em que a grande pauta do empresariado é a “desoneração da folha”
Parabéns Artur,
Esse debate é importante e tens razão, o que se considera salário nao deve ser considerado encargos.
VAMOS APROVEITAR QUE NOSSA DATA BASE É SETEMBRO, E COMO SEMPRE EXISTE A TAL DA “CHORADEIRA”.
OBRIGADO!
SITRAVEST/CURITIBA
Tem que acabar com o sistema 5 S , pois só favorecem os empresarios, e o trabalhador que se dane e ainda querem incorporar isso como encargos ?
Meu filho faz um curso técnico no Senai e paga preço de faculdade quem
não conhece parece que favorecem os trabalhadores mas é uma propaganda enganosa. O sebrae também é outra enganação, numa ocasião procureri informação para abrir um negócio tive uma decepção, só funciona para quem já tá bem encaminhado e tem dinheiro o resto é propaganda enganosa. Acabem com isso e criem institutos de cursos profissionalizantes
pagos com os nossos impostos.
Sugiro que nossas entidades de classe repassaem tal informação via e-mail, sms, mala direta, rádio sociais (que as emissoras convencionais denominam de rádios pirata) celular e através dos murais disponíveis nas empresas.
Também sufiro que este assunto seja pauta inicial – como informe- de todas as reuniões de entidades ligadas ao trabalhador e aos partidos progressistas.
parabéns Arthur, mais uma vez preciso e objetivo… nós do Sindicato dos Bancários de Cornélio Procópio estamos reproduzindo esta informação em todos os locais que podemos e com esse tipo de informe estamos nos qualificando para o debate… obrigado e forte abraço.
DIRCEU CASA GRANDE JUNIOR
A proposito, quanto custa para o Estado um trabalhador desempregado. Dos que viram moradores de rua, alguns pedintes, outros usuarios de drogas, alguns que marginalizam-se, que ficam doentes e vao para as portas dos hospitais. Quanto custa moral, social e economicamente para uma sociedade as mazelas da exclusao social. Quanto custa para os trabalhadores na ativa pagar impostos e, com estes sustentar tecnicos e parlamentares, que para nossa sorte acredito serem poucos, que se utilisam de suas funcoes para dar justificativas de que tuda vai bem abaixo da linha do equador.
maria aparecida dias campos
É notório que as entidades de classe estão desunidas e que precisamos nos unir para podermos cobrar os nossos direitos e devemos lembrar o que é salário ( porque o nosso em nível geral está defasado á anos) e o que é encargo, que pode ser considearados como uma folha alta de políticos que além de ter salário, tem vantagens, isso ninguém nota!!!
Considero muito importante estas análises, assim com o a nota técnica do DIEESE sobre o mesmo assunto contradizendo o governo. Mas, penso que o objetivo deste movimento de esclarecimento deve ser o viés político que podemos dar à condução do país e de suas questões, principalmente por aqueles que lutam pelos Trabalhadores e Povo Brasileiro em geral. E, que me desculpem os indecisos, mas o único viés que podemos dar às nossa ações é o de franca OPOSIÇÃO POLÍTICA a este governo DiLLma e seus aliados, sem nenhuma tergiversação de “disputa de projetos” que alguns vacilantes querem dar a impressão que existe.
“Sob a âncora de um futuro incerto , temos de ter a certeza do que fazer no presente” – Escaramuça, poeta e compositor popular itinerante.
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