Sindicalismo pago por patrões adere oficialmente ao PSDB. Funcionários têm ponto liberado em troca de presença na festa

Na última sexta-feira, um ato político marcou oficialmente o lançamento do “núcleo sindical” do PSDB. Com a presença de ilustres figuras “amigas” dos trabalhadores como Sérgio Guerra, José Serra e afins, um grupo de sindicalistas ligados a outras centrais aderiram à tentativa tucana de passar um verniz trabalhista em sua mais que desgastada imagem.

A Folha de S. Paulo de sábado noticia que os trabalhadores lá presentes foram instruídos por seus empregadores – construtoras e empreiteiras – a participar do evento, e que seriam liberados do trabalho sem desconto do ponto, desde que apresentassem comprovante de que lá estiveram durante toda a duração do encontro.

O jornal Valor Econômico, a respeito da mesma cerimônia, conta que o presidente do “núcleo sindical” do PSDB, Antonio de Sousa Ramalho, dirigente há três décadas do mesmo sindicato da construção civil de São Paulo, teria pedido doações a empreiteiras para financiar o ato político.

Assim, repete-se à luz dos holofotes a mesma prática que marcou a origem de determinada central, fundada a partir de iniciativa dos patrões – no caso, a Fiesp – nos anos 1990 para tentar abafar o sindicalismo autêntico e para combater a CUT.

Essa origem da Força, que durante os anos Lula ficou um pouco escondida por ela ter aderido a lutas conjuntas com a CUT, fica novamente exposta.

Durante o encontro de sexta entre tucanos e esses sindicalistas, segundo os dois jornais citados, a CUT recebeu várias críticas por sua luta contra o imposto sindical. Patrões, tucanos e pelegos, juntos, nos criticando. Prova maior de que estamos no caminho certo!

Estamos prontos para ações unitárias em defesa dos interesses dos trabalhadores, mas é preciso muita atenção para as pautas de cada central e de que lado cada uma está.

Leia sobre nossas diferenças de concepção clicando aqui.

Saiba mais sobre os riscos do “núcleo” tucano clicando aqui.

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